quarta-feira, 18 de julho de 2012

Tacada Perfeita

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Quando só imaginar já não me basta

 



     Depois de muito tempo nos conhecendo no MSN, muita conversa e muitos e muitos gozos no virtual, a vontade de estar junto falou mais alto.
      Conversamos e então programamos a data, claro sempre muito ansiosos. A vontade um do outro cada dia crescia mais.
Em uma bela sexta feira, recebo uma ligação há muito esperada. Coração acelerado e bucetinha já molhada por reconhecer o número ali no visor. Ele disse que já estava me esperando e eu, claro, disse que já estava chegando, depois de uns 10 minutos, cheguei à rodoviária pra pegá-lo.
      Como era em minha cidade e cidade pequena não se pode dar mole não, eu mantive  pose de dama , quando na verdade estava louca pra me transformar numa puta, a sua puta.
Parei meu carro e você já estava esperando na lateral da rodoviária.      Você entrou, eu o cumprimentei como se fôssemos grandes amigos, mas na minha cabeça pensava milhões de coisas, como por exemplo: como você era lindo,  em como sua voz me dava tesão. Minha bucetinha  acho que já reconhecia todos os sinais ali. Mas voltando ao momento, depois que você entrou no carro, fiz o que já tínhamos combinado: te levei pra um motel perto da minha cidade. Quando se está ansiosa, tudo passa mais devagar, e nesse dia não foi diferente. O motel estava parecendo que ficava em outro estado...Aff!
      Chegando ao destino, as coisas melhoraram e muito. Assim que entramos, já começamos a nos pegar. Todos os beijos sonhados agora iam ser saciados. Me lembro bem,você se encostou em mim, já de pau duro me beijou de um jeito ,passeando suas mãos pelo meu corpo e eu ali toda enroscada em você, não querendo me desgrudar um pouquinho sequer. Estava de vestidinho como você tinha mandado, de calcinha preta pequena toda enfiada na bunda. Isso também foi um pedido seu, e como sou uma putinha bem mandada, obedeci direitinho.
      Enquanto me beijava sua mão tocou minha bucetinha sob a calcinha e  então você percebeu o quanto eu estava molhada de tesão por você. Colocou minha calcinha de lado e enfiou um dedo dentro. Eu gemi e me esfreguei mais em você. Você retirou o dedo e colocou na minha boca. Depois repetiu e colocou em sua boca dizendo assim: tá me querendo é, safada? Eu não disse nada só fiz que sim com a cabeça. Enquanto me bolinava, peguei  seu pau por cima da calça mesmo, nossa! que delicia! estava duro como rocha e eu sabia que não ia demorar pra ter você dentro de mim. Apertei um pouquinho e você deu um gemido. Na mesma hora começamos a tirar nossas roupas eu num segundo já estava só de calcinha e soutien. Te ajudei com sua blusa e rapidinho você também já estava nu. Um contraste lindo, você moreno de cueca boxer branca e eu toda branquinha de lingerie preta. Eu estava amando o que estava vendo, parecia a combinação perfeita.
      Voltamos a nos beijar e segurei seu pau de novo, dessa vez com muita vontade. Fui beijando a boca, o pescoço e assim fui descendo. Beijei sua barriga e me ajoelhei a sua frente, tirei seu pau de dentro da cueca , dei uma lambida e depois o esfreguei em meu rosto. Delícia! Voltei pra cabecinha. Mais lambidas e depois fui descendo. Você enroscou sua mãos em meus cabelos. Quando cheguei nas suas bolas, você já estava delirando de tesão, como dava pra ver pelo jeito como respirava e falava. Chupei suas bolas, depois voltei a me concentrar na cabecinha, engoli seu pau inteiro. Você o movimentava  num vai-e-vem rápido ,as vezes chegava a me fazer engasgar. Parava e depois continuava a golpear minha boca como se fosse minha buceta. Pela fúria e a intensidade que estávamos, você não ia demorar a gozar. Você parou e me disse: “Deita na cama, safada! quero sentir sua bucetinha antes de gozar. Se a gente continuar, vou gozar antes de te comer”


     Pedido feito! Pedido aceito! Me deitei na cama  e você já veio me beijando tocando meus seios que a essa hora já estavam de fora do soutien. Dei um gemido. Você chupou cada seio com uma fúria sem igual. Já nos conhecíamos bem, e depois de mamar e se deliciar em meus seios, deu total atenção a minha xaninha.      Começou dando beijinhos nela. Depois começou a brincar com meu grelinho.  Eu serpenteava na cama e puxava seus cabelos como louca. Como sabe que adoro ser penetrada por dedos, me penetrou várias vezes  me fazendo gozar muito.
      Quando viu que  eu já tinha gozado muito na sua boca e nos seus dedos, resolveu que era hora de me dar o que eu tanto queria: seu pau. Eu tremia de tesão só de imaginar você me comendo. Me mandou ficar de quatro, deu uma lambida do meu cuzinho até minha bucetinha, se posicionou atrás de mim, colocou seu pau na entrada da  minha xana e disse assim: “Quer que eu te coma assim  NIINA?!”
     Olhei pra trás e fiz carinha de putinha e disse: “Me come gostoso, amor! me faz sua por completo”.
 Antes de fechar minha boca, ele meteu de uma vez,  me fazendo gritar de tesão e dor. Minha bucetinha, apesar de ser apertadinha, agasalhou seu pau direitinho. Ele meteu forte já sabendo como gosto. Enquanto metia, me dava tapas na bunda e me chamava de cachorra e safada. Eu adorava e cada vez mais rebolava em seu pau. Suas mãos ficaram tatuadas na minha pele, suor descendo  pelo corpo e  mais uma vez o gozo já vinha chegando. Gozei deliciosamente com ele metendo forte em mim. Não demorou muito ele  também estava gozando. Meteu bem no fundo na minha bucetinha, segurou, gemeu e gozouuu. Só ouvir o gemido dele gozando me deixou acesa de novo.
     Ele ainda estava em cima de mim. Me deu um beijo, fez um carinho nos meus cabelos e tombou de lado na cama. Estávamos acabados, acabados e precisando de um banho. Ficamos ali conversando nos acariciando e falando do quanto era bom estar ali juntinho. Beijinhos daqui, beijinhos dali e pronto: já estávamos querendo mais. Ele disse que precisava de um banho e, claro, fui pro banheiro com ele.
    Água morninha , beijos e abraços e em pouco tempo eu estava chupando seu pau de novo. Ele me puxou, me virou de costas e começou a passar um dedo no meu cuzinho, uiiii... Me arrepiei toda e empinei mais minha bunda. Mas ali no banheiro ele só me atiçou, não comeu minha bundinha. Fomos pra cama, demos uma secada de leve no corpo e cabelos e começamos a nos pegar de novo. Dessa vez ele falou: “Diz que quer me dar seu cuzinho, NIINA”.



    Eu  mais que depressa disse: “Come meu cuzinho, delícia minha, me deixa arrombada, quero você dentro de mim”.  Ele me puxou pra beira da cama, me colocou de quatro e ficou em pé atrás de mim. Começou com carinho, devagar, e nada aconteceu. Eu gemia de dor mas, ele me tranquilizava, dizendo que só ia doer no começo, que depois ia ser só prazer.  Ele meteu na minha bucetinha, que estava toda molhada e depois forçou na entrada do meu cuzinho. Foi entrando e eu gritando de dor. Xingava ele de cachorro  e mesmo assim ele foi entrando aos poucos  até que entrou tudo. Falei pra ele que já estava bom , que não queria mais, mas ele me disse que já estava dentro, que ia ficar quietinho até eu me acostumar com seu pau. Enquanto isso, ele me beijava as costas e me dizia que eu era gostosa. Foi mexendo bem devagar e quando vi já estava deliciosa a sensação. Foi metendo lento e às vezes forte. Quando viu que eu já estava totalmente a vontade, começou a dar tapas na minha bunda e puxar meu cabelos, dizendo: “Goza pra mim, sua vadia! quero ver você gozando com meu pau no seu cu”. Eu rebolava e gemia. Ele já estava meio descontrolado, só metia forte mesmo eu choramingando. Comecei a mexer em meu grelinho e em pouco tempo já estava gozando. Ele meteu mais algumas vezes e disse: “Vou gozar, safada” onde você quer meu leitinho?”
Queria em tantos lugares, mas naquela hora eu pedi o que há tempos peço a ele pra fazer: gozar na sua barriga pra eu lamber.    Assim ele fez, saiu de trás de mim se sentou, gozou em sua barriga e eu me ajoelhei. Fui lá e deixei tudo limpinho, dei uma olhadinha pra ele, um sorriso, me levantei e dei um beijo delicioso nele.
E assim foi o primeiro dia do meu fim de semana com Peristilo.

A Perseguida


                                                                    

     Júlia entrou no vagão um pouco ofegante porque precisara correr para não perder o metrô. Tinha ficado presa na reunião com o pessoal da loja de calçados onde trabalhava como vendedora . Chegaria muito tarde em casa e teria que enfrentar as ruas do seu bairro, que era violento e ficava deserto depois das dez da noite.
     Já sentada e com a respiração voltando ao normal, ela deu uma olhada ao redor e notou que o vagão ia quase vazio. Isso era bom porque ela poderia ir lendo tranquilamente, sem ser atrapalhada pelo barulho das pessoas conversando. Tirou da bolsa um livro, ajeitou os óculos e procurou a parte do romance em que parara na última leitura. O metrô partiu e ela pôde ler duas páginas até a parada seguinte, onde desceram poucas pessoas e subiram duas ou três.
     Um homem veio se sentar no banco oposto ao dela, bem a sua frente. Ela o observou rapidamente, mas não lhe prestou muita atenção. Minutos depois levantou os olhos para ele porque percebeu que ele a olhava insistentemente. Isso a incomodava. Então, para intimidá-lo, encarou-o com uma expressão hostil, mas ele sustentou o olhar e até lhe deu um leve sorriso.
     “Cínico!” ela xingou em pensamento, e baixou os olhos, retornando à leitura como se não desse a mínima. Que olhasse o quanto quisesse! Estava acostumada com homens admirando-a. Ela imaginou que aquele uniforme que usava, um conjunto de saia e blusa verde, devia deixá-la muito sexy. Então olhou para baixo e viu os próprios seios quase aparecendo no decote. Era uma coisa bonita de se ver, mas um tanto escandalosa! Ainda não tinha se dado conta do quanto aquele uniforme era provocante!
     O homem continuava a observá-la. Ela não teria se importado se ele ao menos fosse bonito. Mas era feio! Não tão feio; ao menos tinha belos braços, musculosos e peludos. Não estava mal vestido também, mas tinha a barba mal feita e ela não gostava de homens desleixados que não se importam com a própria aparência.
     O que diabos ele tanto olhava?! Só podia ser um tarado. Ele tinha uma cara de tarado! Ela morria de medo de tarados. Medo e nojo, pois seu último namorado tinha sido um tarado. Ela ainda se lembrava da cena com horror: na escadaria do prédio dele, os dois se beijando; quando ela se deu conta, viu que o pênis dele estava pra fora das calças, duro e grande. Foi o fim.
Mas a vergonha mesmo foi quando quis desabafar com uma amiga. Esta quase estourou de dar risadas da estória. E zombou dizendo que ela era uma histérica, totalmente sem esperanças. Mas que culpa ela tinha se só atrai canalhas?!
     Na metade da viagem, Júlia notou que o homem parara de olhar pra ela. Ele ia de cabeça baixa, com uma expressão abobalhada de quem está mergulhado em seus próprios pensamentos. Parecia ter perdido todo o interesse em admirá-la. Talvez ela não fosse tão bonita assim como pensava. Por que ele parara de olhar? Ou só tinha feito aquilo pra provocá-la, só pra atrapalhar sua leitura? E se ela lhe tivesse dado bola? como ele teria reagido?
Reparando bem, até que ele era charmoso com aquela barba mal feita e o jeitão de bandido. Ela podia apostar que se largasse o livro e olhasse pra ele, teria a atenção dele de volta. Sim, era só ela querer.
     E quis. Passou a encará-lo, mas depois de um minuto viu que ele estava longe dali. Ela parecia invisível agora pra ele. O idiota não percebia que ela estava dando mole!
     E se ela cruzasse as pernas, o belo par de pernas brancas e roliças que tinha?
     Cruzou. Mas ele não viu. E se ela agora descruzasse as pernas, lentamente, como a assassina daquele filme famoso?
Foi o que fez, mas também não funcionou. Melhor era voltar ao livro e esquecer.
     Abriu o livro, porém não conseguiu ler. Tinha metido na cabeça que só ficaria satisfeita quando ele voltasse a admirá-la, nem que fosse para ignorá-lo depois. Então, ainda fingindo ler, com a cara enfiada no livro, abriu um pouco as pernas. Ele continuou na mesma, sem reparar no que ela fazia. Ela abriu as pernas mais um pouco e percebeu-se sentindo um certo prazer naquilo. Nunca tivera a coragem de fazer tal coisa antes, mas agora que fazia, descobria o quanto era excitante. De repente compreendeu por que algumas mulheres gostam de se exibir em situações parecidas.
Ninguém no vagão quase vazio notava que ela se expunha daquela forma, nem mesmo o homem a sua frente. Isso a encorajou a ousar ainda mais. Afastou as pernas até onde a saia apertada permitia. E como se não bastasse, desejou não estar usando nada por baixo, como naquele mesmo filme. Como seria ser flagrada assim, sem calcinha no metrô, com os pelos à amostra? Imaginou aquele homem olhando bem para o centro de suas pernas. Que visão agradável seria pra ele! Ela sem calcinha. Ele veria tudo, pois estava bem ali a sua frente, menos de dois metros. Ele veria os pêlos crespos e talvez algo mais. Ela estaria molhada ali e ele saberia.
     Júlia havia fechado os olhos por um instante enquanto se perdia no prazer dessa fantasia. Ao abrir os olhos novamente, tomou um susto porque viu que o homem estava bem atento agora, com os olhos enfiados no meio de suas pernas escancaradas. Ele levantou um olho e sorriu maliciosamente pra ela, como se soubesse que ela dava brecha de propósito. No mesmo instante, ela reagiu e cerrou as pernas, nervosamente. Acabava de se arrepender do que tinha feito e agora só queria que o metrô chegasse logo a sua estação para ela poder descer e nunca mais ter que encarar aquele homem outra vez. Tomada de vergonha, subiu o livro até a cara e fez de conta que lia, como se nada tivesse acontecido. E assim foi até a hora de descer do metrô. 

     Ela deixou a estação apressada e nem olhou pra trás. Caminhou rápido por uma avenida e entrou no conjunto habitacional onde morava. Como já havia imaginado, àquela hora da noite as ruas estavam desertas, as portas das casas fechadas, as pessoas já dormindo em suas camas ou cochilando diante de uma tv. Depois das dez, era como se houvesse um toque de recolher no lugar, por causa da violência.
      A poucas quadras de sua rua, Júlia teve a impressão de que alguém a seguia. Quando se voltou para verificar, quase teve um infarto: o homem do metrô também havia descido ali e a acompanhava de perto. Ela entrou em pânico. Então apressou o passo. Teve vontade de correr, mas a saia era justa demais e os saltos altos não ajudavam. Desesperou-se, pois pelo ruído dos passos dele no calçamento, julgou que o homem também apressara o ritmo. Não tinha dúvidas de que era um maníaco. E todas as portas fechadas àquela hora! Aquela rua muito arborizada era agradável de dia, mas agora de noite era deserta, sombria, esquisita.
     O homem continuava vindo, tranquilamente, como se soubesse que não havia como ela escapar. Ela pensou em gritar, pedir por socorro enquanto tinha tempo. Mas se estivesse enganada, que vergonha não passaria! Por um instante, considerou que talvez fosse apenas uma coincidência, que talvez ele também morasse por ali. Mas como?! Ela apanhava aquele metro todos os dias e não se lembrava de jamais tê-lo visto antes.
     Não, não restavam dúvidas: estava sendo perseguida pelo sujeito. Maldita reunião que a fizera voltar tão tarde! Maldita ela mesma que provocara o homem no metrô! Agora estava naquela situação, perseguida por um tarado no meio da noite naquela rua estreita e esquisita. Ia entrar na primeira esquina e, se ele entrasse também, não teria mais dúvidas: ia gritar. Melhor fazer logo um escândalo do que deixar que ele a seguisse até sua casa e descobrisse onde ela morava. Ou pior ainda! Se ele quisesse entrar em sua casa?! Então é que não teria chances mesmo, pois morava sozinha. Gritaria bem alto se ele dobrasse aquela a esquina ali na frente depois dela. Ladrão não era porque ladrão não agiria assim com aquela tranqüilidade toda. Um ladrão já a teria abordado. Era tarado mesmo!
      Ela dobrou a esquina e entrou numa rua ainda mais sombria e deserta. Olhou por sobre o ombro e quase desmaia ao notar o vulto do homem já muito perto. Ia gritar agora, mas por algum motivo não teve coragem. Como era medrosa! Continuou andando, tentando manter a calma, rezando para que estivesse enganada e aquele homem tomasse outro rumo. Depois de um momento pareceu-lhe que ele estava ficando pra trás e ela quase relaxou. Porém voltou a ficar tensa quando passava por um enorme terreno baldio, com um matagal crescendo dentro e algumas passagens pelo muro em ruínas. Já tinha ouvido falar que ali uma jovem havia sido estuprada algum tempo atrás. Aquele homem as suas costas só precisaria correr poucos metros, agarrá-la pelo pescoço e arrastá-la ali pra dentro. Depois faria o que bem entendesse com ela. Ninguém veria nada e ela não poderia gritar porque certamente ele lhe taparia a boca ou lhe faria ameaças com alguma arma. Seria estuprada de qualquer forma, morta ou viva. “Melhor viva do que morta”, ela pensou e achou que ia chorar, mas não chorou. A amiga tinha razão: ela era uma histérica e sempre fazia tempestade em copo d’água. Não era pra se desesperar porque ainda não tinha acontecido nada e o homem estava longe ainda. Mas nada lhe tirava da cabeça que ele queria lhe fazer algum mal.
     E de repente, pareceu-lhe que ele apressara o passo de novo. Achou que era agora que ia ser atacada. Se visse alguém chamaria por socorro, mas não havia ninguém! Somente ela e ele. Andou mais rápido também, mas já estava quase conformada com sua desgraça. Ia ser estuprada e não tinha como evitar. Dessa vez tinha certeza de que não exagerava, pois era coincidência demais que aquele homem que ela provocara no metrô a tivesse acompanhado até ali.
      Novamente olhou para o matagal escuro dentro do muro esburacado. Ele a levária ali para dentro, provavelmente a amarraria. Depois arrancaria suas roupas e abusaria dela. Mas o mais importante era que ele não a machucasse, que não lhe fizesse um mal pior. Era bom que ela se preparasse e não fizesse bobagem na hora. Seria bem prática e não desgostaria o homem para ao menos sair viva daquela situação. Faria o que ele mandasse. Ou talvez nem tudo, pois tinha uma coisa que não faria nem morta: chupar o pênis dele. Se ele a obrigasse a chupá-lo, ela o morderia com toda força e depois fugiria. Não ia chupar nenhum pau imundo! Ele que não tivesse a idéia!...mas pensando melhor, se o mordesse e não conseguisse fugir, sem dúvida ele a mataria. E se ele tivesse um revólver?! Não dava pra morder e fugir com um revolver apontado pra cabeça. Levava um tiro na hora! Seria idiotice! O jeito era obedecer e não desagradar o bandido. Imploraria pra não chupar, mas se ele insistisse, acabava chupando. É, ia chupar, sim. Pra salvar sua vida ela faria tudo. Não valia a pena arriscar. E depois, talvez se o chupasse e ele se satisfizesse logo, vai que nem a estuprava depois! Seria muita sorte, mas coisas assim podem acontecer. Talvez isso a salvasse! Seria até bom que ele pedisse para ela chupar, pois faria de um jeito que ele gozaria logo e a deixaria em paz. Mas não... ele não ia cair nessa. E tarados não ficam satisfeitos assim tão fácil; do contrário não se chamariam tarados. Ele a obrigaria a chupar de qualquer forma e em seguida a violentaria sem piedade. Ia ser doloroso porque ele a penetraria contra a vontade dela, sem lubrificação, sem ela estar excitada.
     Não se lembrava onde lera uma vez que algumas vítimas de estupro ficam excitadas no momento em que são penetradas, não por apreciarem tal violência, pois nenhuma mulher normal apreciaria; ficam excitadas espontaneamente, sem quererem, como uma reação instintiva e primitiva, pois as fêmeas ancestrais da espécie humana eram estupradas pelos machos e essa era a pratica comum entre os primeiros seres humanos. Deve ter lido isso num artigo científico. Mas é difícil de crer que uma mulher fique excitada com tal barbaridade, embora existam muitos fatos surpreendentes nesse mundo. Será que ela seria uma dessas mulheres de instintos primitivos?! Se ficasse excitada, mesmo sem querer, talvez não sofresse tanto. Se o pênis dele fosse grande demais, era preferível ficar excitada; lubrificada, não sentiria tanta dor. Mas o pior é que ele poderia não se contentar só com isso! Estupradores costumam ser sádicos e extremamente depravados. Iria tentar enrabá-la também. Isso ela não podia permitir. Tudo menos passar por uma coisa dessas! Mas o que uma mulher pode fazer numa hora dessas?! Não adiantaria lutar, pois ele a dominaria fácil, iria obrigá-la a se deitar de bruços no chão e em seguida a penetraria daquela forma, sem que ela pudesse fazer nada. Já tinha visto muitas dessas cenas horríveis no cinema e agora ia acontecer com ela de verdade!
     Era melhor nem pensar a respeito! Aquela moça que havia sido estuprada bem ali naquele matagal...tinha passado por aquilo, coitada! O maníaco tinha praticado as piores depravações com ela. Violentou-a mais de uma vez, na frente e atrás, sem se comover com choro ou apelos, deitado com ela no chão. Ela até imaginava o sofrimento que a pobrezinha havia experimentado. Um pênis duro entrando a força num lugar onde mal cabe seu dedo, arrebentando você toda, e repetindo isso varias vezes. Tarados são sádicos. Sentem prazer em ver você chorar e implorar para que eles parem, mas não param, pois adoram isso.
     A própria moça havia descrito aquele seu horror. Mas ao menos ela havia saído viva pra contar! Era o que Júlia esperava que também acontecesse com ela: não ser morta depois de estuprada. Que ele fizesse tudo, mas ao menos a deixasse viva. 

     Todos esses pensamentos passavam velozes pela cabeça de Júlia enquanto ela caminhava com passos apressados.
Estava perto de casa, mas não queria que ele soubesse onde ela morava. Então não pensou duas vezes e entrou no primeiro beco que viu do outro lado da rua, em frente ao terreno baldio.
     Tinha lhe parecido que era a melhor solução, que poderia escapar por ali, mas ao entrar no beco, arrependeu-se. Quanto azar! Tinha esquecido que aquele beco havia sido fechado semanas atrás. Estava presa ali, entre o enorme muro de uma escola e um armazém. E era um beco tão pequeno e estreito! Não podia ter se metido num lugar pior! Agora é que se complicara mesmo porque não dava mais tempo de voltar.
     Com o coração aos pulos, ela espremeu-se contra a parede e esperou, não tendo mais o que fazer exceto rezar pelo milagre de o homem não a descobrir ali. Quantos erros cometidos num só dia! E essa última idéia de se meter naquele buraco tinha sido o fim da picada! Até parecia que...
Júlia ouviu os passos do homem muito perto. Fechou os olhos apavorada. Pediu a Deus que tivesse um desmaio imediatamente, pois assim não veria nada, não sentiria nada, não sofreria nas mãos do estuprador. Então, quando enfim ela ouviu que ele pisava já na entrada do beco, olhou de canto de olho e, aterrorizada, viu seu perseguidor. Ali estava ele, o mesmo homem que ela provocara no metrô. Era ele, mas...como podia ser?! Ele havia passado reto?! não a atacou como ela havia temido o tempo todo?! Não;pelo contrario! Ele passou e apenas deu um leve sorriso pra ela, quase como se zombasse de ela estar metida naquele lugar daquele jeito, e seguiu seu caminho pacificamente.
     Júlia saiu do beco e viu que ele se afastava sem olhar pra trás. Agora ele lhe parecia ser um homem comum, sem nenhum interesse em estuprar mulheres. Ela estava muito confusa, pois há um minuto atrás tinha certeza de que estava sendo perseguida por um tarado. Não queria acreditar que tudo tivesse sido apenas uma coincidência, que aquele homem que ela provocara no metrô fosse talvez apenas um morador novo do bairro! E no entanto, o homem já havia dobrado a esquina no fim da rua e sumido.
Recuperando-se do susto, ela riu de si mesma. Mais uma vez ficara histérica e fizera uma confusão em sua cabeça louca. Sentiu-se esquisita porque, se por um lado estava aliviada por não ter sido violentada, por outro não suportava a sensação de ter sido tola, de ter se angustiado tanto por nada. Era tão exagerada! E aquele homem passou sem demonstrar o menor interesse por ela! Era o que ela ganhava por dar bola a um sujeito como aquele, que ainda por cima era feio! Aquele mesmo que não era estuprador coisa alguma! Se duvidar, era até gay...e só serviu pra atrapalhar sua leitura! 

Fim